terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Rio e seus lixos

   Agora que a prefeitura vai arrecadar uma grana com essa multa imposta aos porcalhões, resta saber o que a administração municipal vai fazer com os valores arrecadados, para que não fique a impressão de mais uma sanha arrecadadora da municipalidade, sem a contrapartida de campanhas de conscientização nas ruas, nos transportes, nas comunidades, carentes desse serviços, e, principalmente, nas escolas, onde novas gerações poderão crescer alheias aos rigores da lei, mas obedientes da educação ambiental difundida nos bancos escolares.
  Além de mais coletores de lixo nas ruas da cidade, que a prefeitura não tome essa medida como expediente de ordenamento estético, tal qual os cartões-postais que ilustram a propaganda que a própria prefeitura faz da cidade maravilhosa, quando aspiramos a realização de eventos de toda ordem.
   Pela quantidade de detritos descartados diariamente nas ruas, há também toda sorte de matérias e substâncias nocivas ao meio-ambiente, o que obriga o governo municipal a fortalecer sua política pública voltada ao tratamento do lixo urbano em todas a suas etapas de processamento, assim como a valorização dos programas de reciclagem e aproveitamento de materiais, através de parcerias com as cooperativas que já atuam no setor.
    Só assim a prefeitura do Rio de Janeiro dará mostras à população de que a política do lixo implementada sob sua administração é executada no espectro da saúde pública e meio-ambiente.
   Com relação aos recursos provenientes das multas aos incautos da cidade, seria mais saudável ao prefeito tornar público o real destino, uso e aplicação dessa nova receita, ainda mais agora que os protestos das ruas miram a falta de transparência da administração pública, sobre a qual os manifestantes têm se indignado.
  Sendo assim, o prefeito Eduardo Paes não corre o risco de jogar no lixo todo o esforço de governar a cidade do Rio de Janeiro com eficiência.

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