De uma tacada só o governador resolveu manter intactos a Aldeia Maracanã, o Estádio Célio de Barros, o Parque Aquático Júlio de Lamare e a Escola Municipal Friendenreich, em resposta clara às críticas da população durante as manifestações.
Além das fumacinhas que certamente toda a pajelança lançou em sua intenção, o governador poderia ter ficado livre desse infortúnio se não tivesse deixado vestígios de suspeição que começou com a malfadada reforma do Maracanã, cujas obras, cheias de dúvidas quanto às cifras, o contrato e o processo licitatório, passou pelo crivo do Ministério Público estadual com vistas à transparência do processo.
Agora, analisando esse ligeiro recuo de Sérgio Cabral, depois de todo esse desgaste, queda de popularidade, surpreende a forma com que qualquer ser mortal se encarrega de aumentar o seu próprio fardo, dispensando o menor esforço de seus inimigos, que teriam de enfrentar uma batalha ainda mais árdua e extenuante para combater um adversário com o poder nas mãos.
Não é de hoje que a figura de mandatários cai em desgraça por força de hesitações entre sua sorte e o destino de seus representados. A história mostra uma gama de prefeitos, governadores e presidentes que perderam a oportunidade de construir uma passagem de júbilo, conquistas e encanto, sem que fosse preciso reverter um quadro crítico, antes de colher os louros da vitória.
Para quê serve o desejo de poder para essa gente que cisma em sair pela porta dos fundos? Não consta que a natureza humana imponha aos seres da terra o travor de seus próprios venenos.
Se a ciência e a arte oferecem a chance do triunfo aos benfeitores, a política não foge à regra para quem abraça as causas mais nobres.
Mas, infelizmente, na esfera do poder não é raro a incontinência dos vícios, das paixões e do desejo incontido de investir no que é mais obscuro, mais cruel e desumano. É como se as vísceras da miséria fossem um rito de passagem para a glória dos tiranos. Os déspotas só se sentem satisfeitos depois de se fartarem da servidão humana.
Mas, eis que o opressor já não se sustenta em seu pedestal. As vozes lamuriantes agora sopram o vento que podem ruir o seu castelo. É tempo de repensar seus gestos tristes. É hora de rever seus conceitos toscos, de aniquilar sua maldição.
Para nunca mais ficar assim tão arredio às esperanças de seu povo.
Mas, eis que o opressor já não se sustenta em seu pedestal. As vozes lamuriantes agora sopram o vento que podem ruir o seu castelo. É tempo de repensar seus gestos tristes. É hora de rever seus conceitos toscos, de aniquilar sua maldição.
Para nunca mais ficar assim tão arredio às esperanças de seu povo.
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