O caráter apartidário das manifestações espalhadas pelo Brasil foi o ponto alto dessas mobilizações, o grande diferencial dos protestos, com total e absoluto desprezo pelos partidos políticos e outras entidades que acenaram com o oportunismo de sempre, tentando tirar proveito de um momento histórico que foi esse chamamento através das redes sociais.
Esse descrédito dos partidos políticos junto à opinião pública é fruto da incompatibilidade entre o discurso e a prática, desde a sua fundação até o dia em que ganhou a vez de governar o país ou de tomar partido decisões importantes, quando metidos em coligações espúrias.
Na época em que havia a necessidade de mudança de regime político, para extirpar do cenário político a linha repressora e autoritária que cerceava a liberdade coletiva e individual, a maioria dos partidos nasceram e clamaram juntas pela redemocratização do Brasil.
Talvez esse tenha sido o único momento em que a representatividade dos partidos políticos se fez em sua plenitude. De lá para cá, cada um deles fincou a sua própria bandeira, e os que mais ganharam aceitação popular foram os que propuseram soluções para as principais necessidades do país, principalmente o fortalecimento da economia brasileira e a defesa de grandes questões sociais, como saúde e educação, que outros regimes não conseguiram implementar com exatidão.
O Partido dos Trabalhadores, na sua luta incansável pelas maiores causas sociais, apesar de todo o esforço, na época das portas das fábricas, nos palanques e agora no poder, até ensaiou com importantes ações de cunho social, mas não remexeu satisfatoriamente nos indicadores sociais.
Se uma geração sem um horizonte promissor já havia herdado a angústia e a decepção de seus pais, tios e avós, não foi difícil esmorecer de vez diante de tanta inoperância dos serviços essenciais à população.
Ao longo de tantas eleições, uma confusão de partidos de diferentes matizes se coligavam sem nenhum critério ideológico, visando apenas interesses que passavam ao largo do aspecto coletivo, o que pode ter gerado o primeiro indício de descrença das principais agremiações políticas nas disputas pelo poder.
A fidelidade partidária, aos olhos desse novo eleitorado, deixou de ser um atributo a mais para a composição de grupos políticos, no momento em que decisões importantes são resolvidas nos bastidores, na surdina, sem os princípios que asseguram o compromisso com a coisa pública.
Para um universo de pessoas mal ou sem representação alguma, urge uma reflexão profunda por parte dessas instituições políticas.
Agora, tudo bem que não dá para pensar em reforma política sem a participação efetiva dessas legendas, mas é importante que elas sigam suas próprias diretrizes e dogmas, mesmo que haja convergência entre legendas de linhas ideológicas distintas. O eleitor convicto se baseia nessa identidade para formalizar sua adesão e o seu voto.
A sociedade brasileira mostrou a sua cara e saiu às ruas para dar um novo rumo ao Brasil. Os partidos políticos precisam fazer a mesma coisa.
O Partido dos Trabalhadores, na sua luta incansável pelas maiores causas sociais, apesar de todo o esforço, na época das portas das fábricas, nos palanques e agora no poder, até ensaiou com importantes ações de cunho social, mas não remexeu satisfatoriamente nos indicadores sociais.
Se uma geração sem um horizonte promissor já havia herdado a angústia e a decepção de seus pais, tios e avós, não foi difícil esmorecer de vez diante de tanta inoperância dos serviços essenciais à população.
Ao longo de tantas eleições, uma confusão de partidos de diferentes matizes se coligavam sem nenhum critério ideológico, visando apenas interesses que passavam ao largo do aspecto coletivo, o que pode ter gerado o primeiro indício de descrença das principais agremiações políticas nas disputas pelo poder.
A fidelidade partidária, aos olhos desse novo eleitorado, deixou de ser um atributo a mais para a composição de grupos políticos, no momento em que decisões importantes são resolvidas nos bastidores, na surdina, sem os princípios que asseguram o compromisso com a coisa pública.
Para um universo de pessoas mal ou sem representação alguma, urge uma reflexão profunda por parte dessas instituições políticas.
Agora, tudo bem que não dá para pensar em reforma política sem a participação efetiva dessas legendas, mas é importante que elas sigam suas próprias diretrizes e dogmas, mesmo que haja convergência entre legendas de linhas ideológicas distintas. O eleitor convicto se baseia nessa identidade para formalizar sua adesão e o seu voto.
A sociedade brasileira mostrou a sua cara e saiu às ruas para dar um novo rumo ao Brasil. Os partidos políticos precisam fazer a mesma coisa.
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