O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio revelou que mais de 500 mil alunos tiraram nota zero em redação, enquanto que um número infinitamente menor atingiram pontuação máxima nesse quesito.
Não é difícil constatar os efeitos de cortes orçamentários que governos anteriores fizeram na área da Educação para atingir objetivos da economia do país.
Agora, no momento em que a presidenta Dilma Rousseff anuncia um corte de 7 bilhões de reais na pasta da Educação aumenta ainda mais o desafio do governo federal, não só de por em prática a promessa de tempo integral na rede pública, o que implica maciços investimentos na contratação e qualificação de professores, por exemplo, muito menos de resgatar essa enorme dívida pública que vem de outros mandatários tão ou mais inadimplentes com projetos educacionais para o Brasil.
E o projeto de pátria educadora só será possível com esforço, concentração e recursos mais que o necessário com vistas à excelência da grade curricular.
Não faz mais sentido a área da Educação penar pelos descaminhos da economia do país. Enquanto os gastos com educação forem tratados como mera despesa, cuja matemática a equipe econômica pode facilmente interferir, continuaremos convivendo com essa deficiência na formação dos jovens no Brasil.
No dia em que essa visão torpe der lugar ao status de grandes investimentos, deixaremos de ser pobres, pelo menos na sintaxe dominante.
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