segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Inimigos do estado

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   Houve um tempo em que a questão da segurança se tornava mais complexa pelos números cada vez mais alarmantes da violência em todos os seus quadrantes. A cada política de segurança que se instalava uma expectativa ainda maior por resultados imediatos.
   Hoje, o alcance e dimensão tomados pela causa desnudaram outros elementos e revelaram outros fatores a serem considerados nessa velha tentativa de trazer sossego para a população fluminense.
   Nesses tempos em que a corrupção norteia o cotidiano do serviço público em todas as esferas de governo, não é diferente esse cenário na área de segurança, onde certamente o desvio de conduta de agentes públicos vai interferir diretamente em qualquer proposta de segurança pública, independente do âmbito em que se realiza.
   É bom que se lembre que os agentes de segurança dentro de sua prerrogativa de guardiães da população merecem todo o reconhecimento da sociedade pelo trabalho de combate à criminalidade, inclusive com a proteção de uma legislação rigorosa a quem atentar contra sua integridade em seu campo de atuação, pois, é triste ver essa estatística de policiais mortos cotidianamente.   
    Só que hoje, diante de registros de má conduta de agentes de segurança, é preciso repensar outros modelos de penalizações a esses desvios como forma de trazer à população a credibilidade do aparelho de segurança, porque não é menos chocante aos olhos de todos o alinhamento de alguns desses agentes à criminosos que o poder publico tem de combater permanentemente, e não haver punição exemplar ao mau servidor público.
  Portanto, parece ser um ponto importante a ser visto com outros olhos essa questão sobre o envolvimento de policiais com a criminalidade, não só pela preocupação da população como também nos prejuízos ao estado, no momento em que agentes excluídos da corporação se integram às milícias, onde já se encontram agentes reformados, ainda recebendo proventos do governo. Um absurdo. Há que se rever esse modelo de penalização.
    Se existe a possibilidade de inserção desses agentes à criminalidade, é melhor que eles, em vez de expulsos, fiquem reclusos por um tempo que os impeçam de se associarem às forças do mal. A sociedade deve exigir que o regimento disciplinar da corporação se adeque à atual realidade.
   Porque, inimigos o estado já tem demais para combater, e a população, prejuízos à mesma proporção para contabilizar.
 
 
   
     

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