É tanta gente para ser identificada que certamente vai levar um tempo tão longo e incerto quanto o necessário para juntar aqueles caquinhos dos vasos, uma escultura ou algum outro objeto devastado pela ira daquela horda de pessoas estúpidas, violentas, imbecis, preconceituosas, ignorantes, gananciosas, hipócritas, imorais, desonestas, fraudulentas, destruidoras, ladronas, mal-educadas, grosseiras, incivilizadas, selvagens, e por aí vai que o nosso idioma oferece mais adjetivos, mas o espaço aqui é restrito.
A parte mais complexa de todo o trabalho de investigação é identificar o que cada um fez naquele lugar, porque é isso mesmo, cada um fez aquilo que é pertinente ao seu caráter, à sua personalidade, à sua herança. Cai por terra aquela baboseira de que o movimento ia ser pacífico, quando na verdade corria na veia de cada gente opressora o sangue com o fator da estupidez, da truculência e da desordem acima de tudo.
O expediente de quem quebrou, vandalizou, defecou, roubou e infernizou é uma reprodução clara do que o sujeito já realiza e opera em sua vida normal. Faz parte de sua agenda interferir da forma mais abjeta, repugnante e miserável na realidade das pessoas, das coisas, das situações.
Não tem ninguém inocente naquele passeio gratuito com destino ao inferno. Deus, Pátria e Família, ora veja. Ninguém ali tem a verdadeira noção do que é Deus, no momento em que falseia e distorce o mais simples desígnio como instrumento de evolução espiritual, humana e social para vestir a capa da entidade mais demoníaca de que se tem notícia.
Não parece que alguém ali com a mentalidade tão infértil e irracional tenha assimilado o verdadeiro sentido de Pátria em toda a extensão da palavra, porque tudo que foi destruído faz parte do acervo nacional, da riqueza do país, do patrimônio da nação, da identidade do Brasil, do povo brasileiro, o conjunto da sociedade brasileira que inclui até os imbecis.
Ver essa gente falar de Família, automaticamente nos remete à ideia de alguém que vai deixar como herança algo que poderá comprometer o crescimento e a formação de sua prole; um elemento qualquer que vai contaminar o seu círculo de camaradagem ou cumplicidade, ampliando cada vez mais sua própria zona de conforto, porque assim é melhor.
Se o terrorismo no Brasil é pouco frequente, a sua fórmula de impor pela força é uma receita conhecida, toda vez que a sociedade se defronta com registros de estupro, feminicídio, trabalho escravo, matança de índios, de negros, bala perdida, enfim. Ali tem gente que rouba, mata, trapaceia, corrompe e bate na mulher, pode crer.
São práticas conhecidas de muita gente que deixou num canto qualquer daqueles escombros suas digitais, que revelarão, não só sua culpa como também seu currículo, seu histórico de vida.
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