570 crianças yanomamis mortas num período de 4 anos é um número expressivo o suficiente para que não passe despercebido do olhar atento da sociedade, assim como dos órgãos e de todas as autoridades que vão apurar as responsabilidades por um cenário tão desumano e assustador como esse que todos estamos vendo de crianças completamente desnutridas na Terra Yanomami.
Primeiro que morte de crianças em qualquer patamar é o primeiro indício de enfraquecimento da raça, etnia, em qualquer comunidade ou civilização. Nos conflitos mais sanguinários de que se tem registro na história da humanidade o extermínio de crianças é a ação mais cruel de todos os momentos de adversidade entre os povos.
No caso dos yanomamis, não consta conflito algum naquela população, que possa servir de referência para uma perda tão significativa, triste e assustadora. Mas é igualmente estarrecedor que esse quadro de desnutrição e fome que infelizmente fulminou aquelas crianças tenha a implicação direta justamente dos órgãos que deveriam cuidar daquela população indígena.
Além da apuração imediata que poderá confirmar a responsabilidade e culpa do governo anterior de Jair Bolsonaro em perdas humanas na nação yanomami, é necessário uma completa reformulação nas políticas públicas voltadas à causa indígena, tanto na questão da saúde, para que haja proteção e assistência no combate a toda sorte de enfermidades que venham afetar as comunidades, como também no que se refere à segurança daquele povo, de modo a resguardar toda a área já demarcada e definida por lei, mas que sempre sofreu a interferência de invasores, mais precisamente madeireiros e garimpeiros que vêm ao longo de décadas assoreando cada vez mais os territórios indígenas com atividades comprovadamente ilícitas.
Se antes, com ações mais incidentes de combate, fiscalização e repressão, ainda assim havia constantes ataques e confrontos entre índios e invasores, na gestão anterior o próprio presidente Jair Bolsonaro autorizou em 2020 a atividade de garimpo nas terras indígenas. Uma decisão que impactou e muito a rotina e a realidade dos povos yanomamis.
São relatos de violência física, destruição, estupro, matança, contra os nativos daquela região em Roraima, além dos prejuízos causados pelas atividades ilegais assentadas nos territórios, que interferem diretamente na saúde local, principalmente a ingestão de mercúrio, metal usado nos garimpos, que contribuiu para esse quadro atual de enfermidades em níveis absurdos.
A saúde dos yanomamis precisa de assistência e exige respostas imediatas ao descaso da gestão Bolsonaro, porque, definitivamente não é normal que uma ONG evangélica administre parte dos recursos voltados à saúde daquele povo, no momento em que a esfera federal já tem diretrizes e toda uma estrutura de órgãos encarregados dessa missão na terra indígena.
Que haja punição à altura da mesma agonia, sofrimento e morte causadas aos nossos irmãos yanomamis.
As imagens vistas na TV foram muito tristes.
ResponderExcluirImagens impactantes!!
ExcluirMuito bom, Miguel , valeu!
ResponderExcluirMuito bom dia! Valeu!!
ExcluirGraças a Deus esse governo criminoso passado acabou mas as sequelas ficaram. Só foge do seu país quem tem culpa. O chefe da quadrilha e seus cúmplices precisam ser punidos.
ResponderExcluirEsperamos uma atenção melhor a nossos irmãos!
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