Há um simbolismo específico no ataque em caráter de terrorismo às dependências do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, que vão bem além da baderna de um grupo que se organiza para depredar bens públicos, como ocorreu em Brasília.
Se antes esse grupo organizado só mirava o Executivo, mais precisamente a figura do presidente Lula, com ameaças veladas pelas redes sociais às suas diplomação e posse, estendeu-se agora os atentados aos outros poderes constituídos, o Legislativo e o Judiciário.
Depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu a rampa e levou consigo representantes de segmentos que agora começam a ganhar voz no cenário político, isso certamente incomodou muita gente que não admite espaço a uma parcela há muito tempo relegada ao segundo plano.
São vozes que se levantam para reivindicar suas demandas e projetos dentro do princípio de liberdade e direitos garantidos a todos os brasileiros, como sugere a própria constituição do Brasil.
Além do Executivo, que no novo governo do Lula cria órgãos específicos à questões importantes para a sociedade, como a causa indígena, direitos humanos, feminicídios e demais políticas públicas de alta relevância, também o Legislativo ganha uma nova composição à medida que aquela casa recebe e assenta outros representantes da sociedade brasileira.
Só isso explica o ataque orquestrado aos três poderes constituídos. A agenda do Executivo que estende e investe na diversidade do povo brasileiro, com ênfase do desenvolvimento do Brasil como um todo; o Congresso Nacional, que nas falas de representantes emergentes naquele ambiente reforçam a importância de novos projetos; e o Judiciário que referenda as ações dos outros poderes, dentro, claro, do que reza a Constituição, assim como também interfere quando as letras da Carta forem desrespeitadas.
Nesse sentido, qualquer ameaça a qualquer instituição, em qualquer poder, é um ataque ao povo brasileiro. O Brasil tem demandas e urgências pertinentes a todas as classes e estratos sociais, e isso precisa seguir dentro da normalidade.
Agora, se novas ações do Executivo, do Legislativo e do Judiciário ganham força e causem sentimento de repulsa em alguém ou em algum grupo, que esse sentimento não se transforme em violência que possa comprometer o funcionamento das instituições que têm cada uma suas prerrogativas de cuidar e gerir as coisas do Brasil, bem como de seu povo.
Nesse ataque de agora que tem a face do terrorismo, é urgente uma resposta de todos os órgãos que vão cuidar dessa verdadeira afronta à sociedade. A legislação vigente permite uma punição rigorosa a todos os envolvidos. E seja lá quem for, terão de se acostumar com essa nova composição no cenário político, num desenho que ilustra perfeitamente o que é a diversidade do Brasil.
Que ecoe por todos os quadrantes do país terrorismo nunca, democracia sempre.
Depois dsse ato abominável, Lula saiu fortalecido e os bolsonaristas desmoralizados.
ResponderExcluirParabéns pela lucidez com que você vê impecavelmente o Brasil,grande abraço Miguel, grande talento!
ResponderExcluirA democracia do Brasil é extremamente frágil. O grande erro do país for ter anistiado os militares em 85. Até hoje os generais de pijamas se movimentam nos bastidores para manterem seus podres poderes. Espero que dessa vez exista punição para os culpados. É preciso que os organizadores dessa barbárie paguem por seus erros e sirvam de exempo.
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