As imagens desagradáveis que
o Brasil inteiro presenciou no jogo entre o Atlético Paranaense e o Vasco da
Gama revela com exatidão a desorganização do futebol brasileiro em todas as
suas nuances.
Não é de hoje que são registradas
cenas lamentáveis de selvageria entre torcedores e ninguém até hoje tomou providências
para que se elimine de vez a violência nos estádios de futebol.
Nem o advento do Estatuto do
Torcedor foi o suficiente para trazer segurança nas arquibancadas e no entorno
dos estádios. Toda vez em que dirigentes são responsabilizados sobre confrontos
de torcidas, estes sempre imputam a culpa nas forças de segurança local, a
polícia, que tem sempre um discurso pronto para se eximir de culpa também.
Já o torcedor brigão, ou
marginal, como queiram, também tem suas garantias de que tudo continuará como
antes. Qualquer processo que implique uma eventual punição corre sempre no
âmbito da justiça comum, cujas letras, parágrafos e incisos oferecem uma
infinidade de atalhos para que o infrator seja sempre beneficiado.
Quando aqueles torcedores do
Corinthians provocaram a morte do menino em Oruro, na Bolívia, só houve punição
por parte da justiça daquele país. Aqui, muito pelo contrário, além de não ter
tido nenhum tipo de discussão acerca desses absurdos, pasmem, um integrante
daquele grupo preso na Bolívia foi flagrado novamente num confronto com
torcedores rivais, no Estádio Mané Garrinha, em Brasília.
No caso específico desse
incidente em Joinville, entre a torcida do Atlético Paranaense e do Vasco da
Gama, certamente vai haver aquele velho jogo de empurra entre dirigentes e a
polícia local acerca da segurança do evento, sem, é claro, nenhuma perspectiva
de que alguém vai ser responsabilizado, enfim.
Ao final de toda temporada do
futebol brasileiro, há sempre um balanço de tudo que ocorreu o ano inteiro
dentro da seara do velho esporte bretão. E essa questão da violência que assola
o futebol do Brasil fica sempre para uma outra ocasião.
Com isso, a impunidade continua com cadeira cativa no futebol brasileiro.
Com isso, a impunidade continua com cadeira cativa no futebol brasileiro.
Desse jeito, não há como
aplacar a ira do torcedor.
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