Não se pode demonizar o prefeito
Eduardo Paes pelo caos em que se encontra a situação do Rio de Janeiro, porque
em outras gestões houve a promessa de obras de intervenções urbanas que
pudessem efetivamente amenizar eventuais prejuízos causados pelas chuvas que
inviabilizam completamente a cidade.
Mas também não podemos
endeusar o atual prefeito pelo visível esforço para acabar com esses
transtornos. Num primeiro plano, é evidente que há uma preocupação em se
preparar a cidade do Rio para a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
Antes que se proponha a
administrar uma cidade como o Rio de Janeiro, qualquer candidato sabe da agenda
que precisa ser seguida para que a população não sofra todos os anos com esses
problemas que já fazem parte do calendário da cidade.
Nunca é demais lembrar que o Rio
de Janeiro é um território de relevo e geografia complexos, em que é preciso um
estudo altamente técnico, por meio do qual se permitirá gerenciar com
resultados mais promissores os riscos que grande parte dos moradores corre
regularmente.
A Defesa Civil, Corpo de
Bombeiros e, principalmente, a GeoRio têm feito esforços fora do comum para
socorrer possíveis vítimas de deslizamentos
e alagamentos, em função do sistema de alerta que a prefeitura implantou
recentemente, o que, de uma certa forma, evita danos maiores.
Técnicos e especialistas,
incluindo engenheiros, geólogos, geógrafos e físicos, têm promovidos
importantes debates e discussões, alertando o poder público sobre a urgência de
projetos de urbanismo, levando em conta justamente essa complexidade que o mapa
da região fluminense apresenta.
Eu participei de alguns desses
encontros no Clube de Engenharia e puder perceber a seriedade com que
estudiosos de importantes centros acadêmicos, como UFRJ, UERJ, UFRRJ, têm
apresentado soluções comprovadamente eficazes na questão da ocupação do
solo urbano, tratamento de lixo e água e outros procedimentos de cunho
urbanístico, cuja excelência depende exclusivamente do detalhamento desses
estudos.
Infelizmente, o poder público,
tanto o governo estadual e municipalidade, não costumam participar dessas
discussões, apesar de receber o convite para tal, de modo que importantes
soluções para o Rio de Janeiro ficam longe da agenda do governo.
Nesse sentido, as regiões mais críticas, incluindo a periferia da cidade e a região metropolitana, sofrem com desabamentos, alagamentos e deslizamentos de terra, constantemente.
O Programa de Aceleração do
Crescimento que as três esferas governamentais promovem na cidade do Rio é uma
oportunidade única para se colocar em prática os mais relevantes projetos
traçados, não só para a cidade maravilhosa, como para toda a região fluminense.
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