O enigma em torno da esfera
mais notável do mundo não se restringe as suas implicações geométricas, apenas.
Mesmo com toda especulação em torno de seus raios, área e circunferência, é
fácil reproduzir naquele contorno e interior os dois universos do mundo da bola
e seus desdobramentos no planeta chamado futebol.
Se as leis da física não
permitem alternativas à exatidão das coisas, a matemática do velho esporte
bretão tem fórmulas que extrapolam completamente a lógica do cálculo puro e
simples.
Longe de imaginar, no entanto,
que as várias interpretações das leis brasileiras têm seu pioneirismo na
legislação do futebol. O difícil é acreditar que não havia o propósito de
construir essas variantes de leitura das normas disciplinares em vigor no país
no instante de suas formulações.
O poder do julgador diante
dessa liberdade para traduzir as letras da lei não pode, em nenhum momento,
tornar a arte de fazer justiça plena um ofício meramente infeliz e bizarro,
dissonante da nova ordem.
Tão importante quanto se
adequar aos novos tempos, é imprescindível que os rigores da lei operem a ordem
em qualquer instância, sem que isso banalize na realidade do futebol ou de
outros quadrantes as aberrações que têm despontado no horizonte ultimamente.
A urgência de novos tempos
para o futebol brasileiro sugere um só caminho, sem volta, sem atalhos, de mão única.
Passemos a bola para o STJD.
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