segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Quantos lados tem uma bola?

   O enigma em torno da esfera mais notável do mundo não se restringe as suas implicações geométricas, apenas. Mesmo com toda especulação em torno de seus raios, área e circunferência, é fácil reproduzir naquele contorno e interior os dois universos do mundo da bola e seus desdobramentos no planeta chamado futebol.
  Se as leis da física não permitem alternativas à exatidão das coisas, a matemática do velho esporte bretão tem fórmulas que extrapolam completamente a lógica do cálculo puro e simples.
  Longe de imaginar, no entanto, que as várias interpretações das leis brasileiras têm seu pioneirismo na legislação do futebol. O difícil é acreditar que não havia o propósito de construir essas variantes de leitura das normas disciplinares em vigor no país no instante de suas formulações.
   O poder do julgador diante dessa liberdade para traduzir as letras da lei não pode, em nenhum momento, tornar a arte de fazer justiça plena um ofício meramente infeliz e bizarro, dissonante da nova ordem.   
  Tão importante quanto se adequar aos novos tempos, é imprescindível que os rigores da lei operem a ordem em qualquer instância, sem que isso banalize na realidade do futebol ou de outros quadrantes as aberrações que têm despontado no horizonte ultimamente.
  A urgência de novos tempos para o futebol brasileiro sugere um só caminho, sem volta, sem atalhos, de mão única.
  Passemos a bola para o STJD.

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