quarta-feira, 22 de junho de 2022

NA MINHA MÃO É MAIS BARATO

 


   Se tem um setor que mais se adaptou aos novos tempos é o comércio. É claro que geral incorporou as novas tecnologias para otimizar a infraestrutura, o retorno, enfim, todos os segmentos, por uma questão de sobrevivência em meio a uma concorrência cada vez mais acirrada.
    Mas o setor de varejo, mais precisamente os supermercados, é que além das inovações como parte de suas estratégias teve mais lucro por conta de novas tendências também.
    Pois bem, os atacadões já vinham há algum tempo como soluções de negócios para revendedores de pequeno porte e tal. O camarada que tem aquela vendinha para atender sua comunidade podia comprar em quantidade maior, abaixo do preço normal nas redes. Acesso restrito à empreendedores.
    Só que de uns tempos pra cá os manda-chuvas do setor resolveram estender a novidade ao consumidor final, mas sem as vantagens que ofereciam antes em sistema de atacado. Acabou virando um mercado normal. Se antes todas essas redes mantinham um grande depósito fora do centro urbano para abastecer as filiais, eles descobriram que poderiam concentrar o próprio depósito e os pontos de venda num só lugar.
    Ou seja, os clientes vão ao próprio depósito buscar a mercadoria. E aquela frota de caminhões para fazer a distribuição saíram de circulação. Uma economia de combustível, pessoal e toda a despesa de logística que agora é bem menor, uma mudança que aumentou consideravelmente a margem de lucro dessa gente bronzeada e olho grande.
     Agora, pergunta se eles deram aquela moral para o consumidor, se esse novo cenário trouxe vantagens para alguém, no caso, o freguês. Os caras cobram até por aquelas sacolas gigantes. Você pode aproveitar as caixas de papelão que os repositores deixam lá à sua disposição para levar as compras. Mas já há registros de gente vendendo essas caixas por 99 centavos, fiquei sabendo.
    Vai chegar uma hora que eles vão dispensar os repositores e deixar uma escada pra você pegar lá em cima se acabar embaixo. Vai ter um QR code pra o cliente mostrar que está interagindo com o sistema, e de repente um desconto pelo aplicativo.
     É a mais-valia ganhando uma nova roupagem, enquanto vai minguando o velho conceito de alguma coisa a preço de banana sempre perto de você.

Um comentário:

  1. Preço de banana?como assim?se a até a banana está reduzida na mesa do povo

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