Não adianta mais ficar discutindo por que toda a tecnologia empregada para fazer perfurações nos campos de petróleo não foi utilizada também para proteger o segredo nos trabalhos de prospecção que a Petrobras desenvolve e aprimorou ao longo de sua história.
Num passado não muito distante, quando o governo americano interferia explicitamente na política brasileira, mais precisamente na área econômica, outros setores, como mineração, podem ter sido espionados e o governo brasileiro não tomou nenhuma precaução no sentido de se resguardar de possíveis prejuízos.
Agora que os Estados Unidos aprenderam a encontrar petróleo com mais eficiência, resta saber o que o governo brasileiro vai fazer para se garantir de eventuais compensações, caso os americanos aproveitem esse conhecimento adquirido em futuros empreendimentos, nem que o governo tenha que acionar organismos internacionais para eventuais reparações, apesar da promessa do presidente americano em esclarecer esses fatos.
Que a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos bisbilhotava a vida brasileira, isso é fato e notório. O que não podia era acreditar que apenas os regime e sistema políticos do Brasil estavam sendo vigiados, no momento em que setores estratégicos poderiam colocar o Brasil em pé de igualdade com outras nações, que apesar de poderosas economicamente, não detinham a capacidade de produzir petróleo em escala considerável, como o Brasil já havia sinalizado em projeções anteriores.
No caso específico de Dilma Rousseff, por toda sua história de luta no passado, é lógico que a presidenta não ficaria de fora desse expediente de espionagem engendrado pelos americanos.
Para o povo brasileiro, é importante que a presidenta prossiga em seus esforços para diminuir a distância social que os recursos de nossas riquezas podem promover, sem que haja interferência por parte de políticas expansionistas completamente alheias ao desenvolvimento do Brasil.
Mais do que saber o que foi descoberto a respeito da Petrobras é conhecer os propósitos da Agência americana com informações tão importantes que possam deixar o Brasil vulnerável em futuros projetos, principalmente na questão do Pré-Sal, a menina dos olhos do governo e da sociedade brasileira.
Que a Petrobras fique exposta aos olhos do mundo por sua grandeza e importância, mas sem desmoronar a soberania brasileira.
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